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domingo, 30 de outubro de 2011

CERÂMICA, ENCANTAMENTO!

"A importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós".





"Para entender nós temos dois caminhos:
o da sensibilidade que é o entendimento do corpo;
e o da inteligência que é o entendimento do espírito.
Eu escrevo com o corpo.
Poesia não é para compreender,
mas para incorporar.
Entender é parede;
procure ser árvore."


Manoel de Barros

domingo, 20 de março de 2011

ITACARÉ

PRAIA DA CONCHA /Itacaré-Bahia

O município tem origem numa igreja
fundada pelos jesuítas no século XVIII.
A povoação foi elevada a sede de município em 1732
com a designação de São Miguel da Barra do Rio das Contas.
Passou a ter a designação atual em 1931.


Tem uma formação geológica única no Nordeste Brasileiro,
com uma faixa costeira dotada de solo fértil e falésias rochosas,
e por isso a Mata Atlântica avança até o mar. (Wikipédia)

ACESSÓRIOS - bijouxs


Foi com muito prazer, sobretudo, que realizamos o lançamento
da nossa linha de acessórios, (por enquanto) leia-se "colares".

O encontro foi partilhado com os alunos, amigos,
e muitos convidados.

As peças são elaboradas a partir de peças de cerâmica,
em baixa e em alta temperatura, com o jeito, a cor, e a magia baiana.
São peças únicas, onde agregamos alguns elementos naturais, 
tipo madeira, as vezes uma peça em metal, cordões rústicos,
que sintonizam tão bem.
Como apaixonada pelos acessórios femininos,
eu e Gleice sempre garimpamos peças pouco comuns,
e fizemos disso uma constante no nosso dia a dia.
Resolvemos então fazer nossas peças,
com um design cheio de brasilidade,
e fazê-los viajar por ai,
realçando a graça e a feminilidade da mulher!
E FAZER É O QUE HÁ!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CONTAF - ENCONTRO DAS ARTES DO FOGO

Este ano o CONTAF acontecerá em São João Del Rei, Minas Gerais,
período de 20 a 22/10/2010.
Certamente será um encontro inesquecível,
contando com a organização de sempre a cargo de Caio Giardullo,
e toda a equipe impar da Arte Brasil.
Ali encontramos amigos
e somos acolhidos sempre
em qualquer necessidade que tenhamos.

Os interessados ainda podem fazer inscrição.
Consultem o site do evento: http://www.contaf.com.br/

Para quem não conhece, a cidade de São João Del Rei, é pequena, mas imensamente acolhedora, e lá muitas histórias encantam os visitantes.
Quando lá fui, encantou-me suas ruas, seus casarões antigos, a comida mineira, e o povo que além de hospitaleiro, é sensível, delicado, deixando-nos em casa.

São João del-Rei é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.

Grandiosa, moderna e agitada na área contemporânea.
Pacata e cultural na sua parte histórica, São João del Rei se insere
como uma cidade singular.
Dotada de uma vasta gama arquitetônica,
na qual não se restringe apenas ao Barroco.
Na sua parte histórica (protegida do restante da cidade)
é possível observar diversas linhas arquitetônicas,
separadas por gêneros.

São João del Rei foi fundada em fins do século XVII
por taubateanos liderados por Tomé Portes del Rei
que por isso é considerado seu fundador.

Em 1709 a cobiça pelo ouro gera discórdia
entre portugueses e paulistas
dando causa à Guerra dos Emboabas
acontecendo o triste episódio do “Capão da Traição”
quando os paulistas foram emboscados
e chacinados pelos portugueses.
Em 08 de dezembro de 1713
o arraial alcançou foros de vila com o nome deSão João del Rei,
homenagem a D. João V
e também passa a ser sede da Comarca do Rio das Mortes.
O ouro a pecuária e a agricultura
foram os fatores de desenvolvimento e progresso da vila
e aos 6 de março de 1838 é elevada à categoria de cidade.
São João del Rei participou sempre das decisões mineiras e nacionais.

segunda-feira, 28 de junho de 2010


Comida baiana levada para Sampa:
carurú, vatapé, moquecas,
acarajé e abarás!
Em 2000 conhecí uma pessoa muito doce e generosa.
Dia de muita chuva e frio,
que certamente trouxeram-me muita sorte.
A amizade nasceu aí, e foi neste caminho
que vi crescer o meu entusiasmo pela cerâmica,
minha paixão pelo trabalho árduo e fascinante da criação,
e principalmente porque com ela, a Mina, aprendi
a seriedade profissional, a ética, o gosto pelo barro,
a obstinação pelo trabalho,
além do encanto pela arte cerâmica japonesa,
seus costumes e seu povo.

Através da Mina, conhecí a Sossô, a Miki, e a Ivone, outro capítulo a parte.

Anos se passaram e muita história vivemos juntas.
Trabalho, filhos, familia, e mudanças...
E chegou Camila, especial!
Hoje a Mina desenvolve o trabalho mais lindo que conheço,
cheio de delicadeza e poesia.
Vejo os tecidos ganharem vida e história nas suas mãos.
E mesmo com a distância continuamos amigas!
Como seguidora do blog da Mina,
ontem fui surpreendida com a mais linda homenagem que poderia receber,
e o meu coração está repleto de alegria!
Visitem os blogs, certamente ficarão encantados.
Beijos para Mina e Camila.

Eis a postagem na íntegra:













pottery, food, kitchen
I have a good friend in a far place called Salvador (Bahia state)
and she is a lovely and kind person that I will always cherish .
The first time we met I still owned a pottery studio
and she came to learn about glazes and the first thing I offered her was a cup of tea!
She was absolutely polite and she drank the tea but then ,
later on she told me she hated any kind of tea, see?
What we do when we try to be gentle?
We drink things we hate, we try to be polite!!!
And since then we always laugh about this episode !
And this beautiful hanging doll
( traditional Bahia women dress long white dress with lots of lace ,
necklaces and a turban on their head)
was made by my dear friend Carmen , isn´t it so darling?
She owns a pottery studio in Salvador and if you would like to know the beautiful spot
where she is located , please take a look at Atelier Terra e Cor
( she has an English version) and also the wonderful creative
and inspiring objects she makes.
Thank you Carmen, for this wonderful gift and the warm message you´ve sent me!
E CONTINUO A NÃO APRECIAR CHÁS,
EMBORA HOJE SEJA MAIS TOLERANTE COM ELES rsrsrsrsrs

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A CERÂMICA, UMA ARTE MAIOR!

MOSTRA DIA DAS MÃES - ATELIER TERRA E COR

"E o amor não acontece porque a pessoa se esforça.
Muito pelo contrário, ele surpreende.
E é através da surpresa que nós nos renovamos.
É possível que Picasso tenha vivido mais de 90 anos em boa forma
por ter se deixado surpreender a vida inteira pelo próprio trabalho,
ter se entregado continuamente às suas experiências artísticas.
Apropriou-se da arte grega, da escultura pré-romana
e das artes primitivas para reinventar a própria arte e se renovar.
Depois, rompeu com a representação realista da forma humana
e criou o cubismo.
Sua obra foi a maior empresa de destruição e criação de formas da nossa época".
(Betty Milan)






































































































































































































































quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ENVELHECER, A ARTE!

TOSHIKO ISHII

Nasceu em Kyoto, no Japão em 17 de janeiro de 1911.
Ceramista autodidata.
Transferiu-se para o Brasil em 1931,
vindo morar em Minas Gerais em 1970,
onde começou sua atividade com cerâmica.

Inverno de 2005, Junho!

Ouvíramos falar de Toshico,
Sua arte, sua beleza, a mulher forte e tenaz.
Sabíamos da sua fragilidade física,
Da idade avançada.
Queríamos conhecê-la,
E partimos para Minas Gerais.
Visitar Toshico, conhecer sua cerâmica, sua obra,
Certamente mudou nosso olhar. (Fotos na próxima postagem)

Em 2007, morre Toshico!


Aprendizes da humildade e da beleza
OLHAR

A artista japonesa Toshiko Ishii viveu no Brasil por várias décadas,
deixando marcas na arte da cerâmica e da convivência humana
Em 30 de julho, a arte perdeu uma de suas figuras humanas mais admiráveis.
A pequena Toshiko Ishii, ceramista dona de técnica milenar,
depois de muitas décadas vivendo no Brasil, morreu aos 96 anos.
Discreta como sempre foi, apenas amigos próximos
acompanharam os últimos momentos da artista.
Além de peças de beleza única, Toshiko foi mestre de uma geração de artistas mineiros.
Em Piedade do Paraopeba, na região de Brumadinho,
Toshiko montou seu ateliê em meio às montanhas, pedras e plantas.
Toda a matéria de sua arte, todas as cores de suas peças,
toda a motivação de sua vida se dispunham à sua volta.
Toshiko trazia para a cerâmica a memória de sua gente,
as lições de seus mestres (ela conviveu com a artista Tomie Ohtake em Kioto)
e a ética exemplar de não separar a utilidade da beleza.
Em busca de suas lições, como seguindo uma tradição mística,
vários artistas seguiram seu exemplo e, num tropismo esteticamente orientado,
trataram de montar ateliês na vizinhança de Toshiko.
Foi assim que as ceramistas Inês Antonini, Erli Fantini e Adel Souki
se estabeleceram nas curvas das mesmas serras,
sob a luz do mesmo horizonte, para aprender com o ritmo das mãos de Toshiko.
Não se tratava de uma comunidade acadêmica, mas de um falanstério artístico.
As ceramistas procuraram estar perto de Toshiko,
que chegou à região em meados dos anos 1970.
Até o fim da vida, a artista nipo-brasileira falava português com dificuldade.
A comunicação, como em suas peças, se dava de alma para alma.
A proximidade com Toshiko traduzia outra via para o ensino: a ética dos mestres.
Em Grande sertão veredas, Guimarães Rosa escreveu que mestre
não é o que ensina, mas o que, de repente, aprende.
Ensinar, de certa maneira, é exercitar a dúvida em companhia de pessoas próximas.
O ensino só é possível para quem se dispõe a aprender.
A arte pedagógica de Toshiko se dava a partir dos elementos da natureza, como o barro.
Sua mestria era dar voz ao fogo.
A técnica de Toshiko exigia um forno tradicional japonês,
aparentemente frágil, mas capaz de chegar a 1.300 graus.
A alta temperatura exige atenção e cuidado.
O forno precisa ser alimentado com método e carinho.
A queima, que pode durar muitos dias, colocava a frágil Toshiko em guarda,
com suas colaboradoras, em torno dos caprichos dos elementos.
Imaginar a cerimônia de moldar as peças, escolher os pigmentos,
acender o fogo e tratá-lo como a uma criança,
aguardar a passagem das horas e se abrir à expectativa do resultado final
é entender um pouco da transmissão da arte de Toshiko.
Ela fabricava beleza como quem ensina ao mundo que é preciso tempo.
Ela ninava o tempo com zelo, como quem sabe que a beleza dá sentido à existência.
No trabalho de Toshiko, nada se perdia.
Suas obras trazem inclusive a marca das cinzas
que se desprendiam da lenha, criando texturas.
Era algo não controlável, como as cores que daí brotavam.
A artista era mestra do ofício da cerâmica
e por isso humilde a seus caprichos.
O que acrescentava de seu ao material era a humildade.
A atitude de suas alunas, que mudaram de vida
para compartilhar a proximidade com a mestra,
não deixa de ser uma de suas obras mais importantes.
A marca de Toshiko, mais que a matéria de que são feitos seus objetos,
está na sensibilidade que ela desenvolveu em torno de seu exemplo.
O calor de sua experiência moldou outros caminhos artísticos.
A arte existe, também, para criar mais arte.
Passamos todos nós a vida em busca de exemplos.
Quase sempre trocamos a rica experiência da proximidade com pessoas excelentes
pelo prazer da fruição de resultados de pessoas eficientes.
Somos escravos do sucesso.
A tradução da vida bem realizada em torno de índices materiais se tornou um absoluto,
um triste equívoco existencial.
Quase sempre os mestres não deixam nada que justifique sua vida.
Alguns livros, umas poucas peças de barro queimado, poemas e discípulos.
Quem não entende a beleza da vida consagrada ao aprendizado
jamais vai se emocionar ao ler Aristóteles confessar que sua vida
podia ser resumida assim: %u201CNasceu, trabalhou, morreu%u201D.
Os dois limites da vida são sempre solitários.
É no meio que se desenha nossa maior possibilidade de humanização:
somos seres para o outro, para a aprendizagem, para o compartilhamento.
Viver deve significar exatamente isto: o projeto de ser com o outro, a sede de comunhão.
Há muitos caminhos ensinados pela história.
Alguns deles dividem os homens em grupos
donos de verdades que não se misturam e geram ódios.
Outros parecem sorver a inclusividade como destino maior da nossa espécie.
O sentimento de fraternidade é o limite máximo
de nosso processo de construção como seres humanos.
Se a religião e a política parecem se nutrir do primeiro elemento,
que divide em nome de uma síntese arbitrária,
a arte parece carregar o condão do segundo caminho,
pois tem como projeto vencer pela beleza.
Toshiko foi aos elementos mais duros
e à tradição mais arcaica para reescrever essa história.
No caminho encontrou alunas e pessoas capazes de entender seu esforço,
respondendo à sua arte com a emoção e a seu ensinamento com a humildade.
João Paulo (Editor de Cultura/ Cunha)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

AOS NOSSOS QUERIDOS ALUNOS ,
AOS AMIGOS E COMPANHEIROS DO DIA A DIA,
DEDICAMOS NOSSO SUCESSO E REALIZAÇÕES!

































************************

Ensinar é aprender, não é transmitir conhecimentos
Ivone Boechat

Ensinar é aprender. Ensinar não é transmitir conhecimentos.

O educador não tem o vírus da sabedoria.
Ele orienta a aprendizagem, ajuda a formular conceitos,
a despertar as potencialidades inatas dos indivíduos
para que se forme um consenso em torno de verdades
e eles próprios encontrem as suas opções.

A etimologia revela que o substantivo aprendizagem

deriva do latim "apprehendere", que significa apanhar,
apropriar, adquirir conhecimento.
O verbo aprender deriva de preensão, do latim "prehensio-onis",
que designa o ato de segurar, agarrar e apanhar, prender,
fazer entrar, apossar-se de.

Ensinar: palavra latina insignīre, quer dizer "marcar, distinguir, assinalar".

É a mesma origem de "signo", de "significado".
A principal meta da educação se processa em torno da auto-realização.
Logo, ela propõe a reformulação constante de diretrizes obscuras
para alcance dos objetivos, comprometidos com a valorização da vida.
A educação carimba a sociedade que deseja ter !

O professor, como agente de comunicação,

transformou-se num dos mais pobres recursos e dos mais ricos.
Quando se imagina dono da verdade, rei do currículo,
imperador do pedaço, mendiga e se frustra.
Quando se apresenta cheio de humildade,
de compreensão e vontade de aprender, resplandece e brilha!

Os estudantes estão abastecidos por uma carga de informações

cuja capacidade de assimilação nem comporta.
O ser humano tem potência de semi-deus, com emoções de um mortal.
O avanço da era espacial em que vive tornou o homem angustiado pela consciência de sua fragilidade para absorver e superar os desafios à sua volta.
É mister que se reestruture o conceito de Escola ou se reconheça a sua derrota. Os que nela atuam não podem continuar a caminhar distantes da realidade,
em marcha lenta, porque assim, estão concorrendo para o fracasso.

Repetindo uma expressão muito antiga,

“a Escola não sabe a força que ela tem.”
Deve-se abolir, de imediato, a cultura do supérfluo,
selecionando conteúdos mais significantes e atuais.
Não se pode contribuir para que o desinteresse se instale e,
conseqüentemente, esvazie o espaço da aprendizagem permanente.
O educador deve se preparar para estar apto
perante a onipotência da máquina, e não se assustar com a sua eficiência.
Estar sempre atento aos transbordamentos da ciência
e não se embrutecer na resposta.

De que valem as "reformas" educacionais,

se mudanças radicais não ocorrem?
Elas passam, os problemas maiores continuam,
gerações se substituem e, no universo de perguntas não respondidas,
resultados positivos não se operam, muitas vezes.
Os enlatados culturais intoxicam como os outros,
se transformam em "pacotes culturais" e saem por aí,
empacotando a sensibilidade, a criatividade,
que tanto contaminam a educação.

Um exemplo? Entende-se barulho como música!

Poesia como cafonice, família como utopia, Pátria como sucata.
Quem ama educa, educar é educar-se a cada dia,
sem a pretensão de preparar para a vida.
O poder de adivinhar o futuro o educador não o possui.
Ele orienta, para que, em situações imprevisíveis,
se processem alternativas. Educar não é ensinar, é aprender.

Ivone Boechat é Professora em Niterói/RJ
ATELIER TERRA E COR - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
O ano termina................
Mas um Ano Novo começa!
O atelier ganha cores mais vivas, prepara-se para a despedida.
Voltamos em 2010, com certeza! I'm sure............
Voltamos com novas idéias, novas criações,
novo ânimo, novos alunos, e novos desafios!
Ganhamos tantas coisas, tantas,
Difícil enumerá-las, impossível.
Partilhemos cada momento, alguns registrados!


































sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

CERÂMICA

COMO APRENDIZ DE CERAMISTA,

PREPARO A EXPOSIÇÃO DO MEU ATELIER, "TERRA E COR" .
AQUI VAI O CONVITE......
BREVE COBERTURA COMPLETA DESDE OS PREPARATIVOS, QUEIMAS,
ATÉ A EXPOSIÇÃO.



CARMEN BASTOS
ATELIER DE CERÂMICA TERRA E COR



Exposição da cerâmica de atelier e dos alunos de 2009.
Dias 11 e 12 de dezembro de 2009 (sexta e sábado),
das 10:00 as 20:00 .
Aproveite para conhecer nosso trabalho e o funcionamento
do atelier, onde se respira arte com a maravilhosa vista
da Baía de Todos os Santos.

Atelier Terra e Cor
Rua Banco dos Ingleses, 20
Clube Inglês da Bahia
Subsolo
Campo Grande
Salvador- Bahia- Brasil
(71) 3337-0823
http://www.atelierterraecor.com/


















quinta-feira, 18 de junho de 2009

CERÂMICA

"A cerâmica é a transformação da matéria, sua ascensão,
a prova do fogo: argila amolecida com água,
modelada pela mão humana,
queimada, tornada novo ser.
O barro é a matéria, mas o processo se realiza através do fogo,
o fascínio principal da cerâmica,
o mito da criação do homem e do mundo."



















“O homem amacia a terra,
alisa a água,
assopra o fogo,
procurando espaços,
formas e cores.
Porém, apaixonado e inexato,
reinventa as emoções”.









A QUEIMA,















ANTES,











DEPOIS,












RESULTADO












PARCERIA,















GRUPO



*****

domingo, 14 de junho de 2009

PORTUGAL, CALDAS DA RAINHA, CENCAL

Tive momentos especiais no CENCAL (Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica), onde durante os meses de março, abril e maio,
tive o privilégio de ser uma aprendiz da cerâmica.
Conhecí formadores excepcionais, fiz amigos para guardar,
vivi meu singular e meu plural.
Naqueles dias, sorri, emocionei-me, surpreendí-me,
tive as melhores e as mais difíceis lembranças,
momentos de emoção intensa, saudade, solidão, tristeza,
plenitude, solidariedade, companheirismo,
mêdo, decepção, orgulho, prazer, alegria,
e a certeza de que vivi intensamente,
vibrando com cada "quarto" de hora disputado.
Ainda no Cencal, tive o prazer de transmitir
um pouco do meu conhecimento,
tendo meus professores como "alunos",
dando-me a certeza que estamos nos dois "sítios", sempre!
Tive no grupo a presença de três angolanos
que tinham aulas como eu.








PÁTIO DO CENCAL,
ONDE MUITAS VEZES BUSCAVA UM POUCO DE SOL!













"ALUNOS" MAIS QUE QUERIDOS!





























































terça-feira, 9 de junho de 2009

Ano passado encantei-me ao ler Caligaris.
Após "Cartas a um jovem terapeuta",
"O Conto de Amor" (Companhia das Letras),
onde a ficção mistura-se com a fantasia,
teve um lugar especial na minha vida.

O tema sobre o artesão,
vem quando justamente no atelier,
falamos da arte e do seu "uso".
Releio com alunos um texto de Bernard Leach (1975),
"En busca de la identidad",
tão atual como se hoje fosse escrito.


O luxo e o trabalho do artesão
por Contardo Calligaris * publicado em 31/1/2009.


O novíssimo-rico acumula produtos de luxo
sem acumular a cultura para apreciá-los.

SEBASTIÃO É um adolescente de 13 anos com quem converso com frequência. Gosto dele, e ele tenta gostar de mim, embora, às vezes, eu seja chato.Por exemplo, recentemente, Sebastião me confessou que ele tinha o sonho de sacudir e explodir um magnum de champanhe -isso quando ele ganhar um Grand Prix de Fórmula 1 ou algo equivalente.Eu comentei que, nessa ocasião, ele deveria escolher um espumante de terceira -não pelo custo, mas "por respeito". "Respeito pelo quê?", ele perguntou.Improvisei uma dissertação sobre a "méthode champenoise". Expliquei como, numa região específica da França, as uvas chardonnay e pinot são colhidas, seu mosto é fermentado em tanques e, logo, durante seis anos ou mais, transvasado repetidamente em garrafas, retirando do gargalo, a cada vez, o sedimento e as levuras. Evoquei a vida do viticultor, entre a espera e o cuidado da vinha. Falei da invenção do champanhe, no século 17, por um monge que se chamava Dom Pérignon, e das novidades introduzidas pela senhora Clicquot, no século 19.Em suma, estraguei a festa imaginária de Sebastião só para lhe lembrar que o líquido que ele se propunha despejar era o resultado do trabalho paciente de artesãos obstinados e orgulhosos de sua arte.Chatice, não é? Mas tenho uma desculpa. A conversa com Sebastião acontecia em Milão, enquanto: 1) eu estava lendo o novo livro de Richard Sennett, "The Craftsman" (previsto em março pela Record como "O Artífice"), 2) o centro da cidade, onde a gente estava, era tomado por hordas de compradores de moda e design, entre os quais a maioria absoluta era de "emergentes" de sociedades que, hoje, vivem uma rapidíssima mobilidade social (Rússia e China).Ou seja, eu era circundado por consumidores pouco interessados na qualidade do trabalho embutido nos objetos que eles adquiriam e muito interessados no status que esses objetos e suas marcas podem conferir aos usuários.Ao mesmo tempo, eu era encantado pelo texto de Sennett -seu comovente elogio da perícia que encontra seu maior prêmio no orgulho da obra benfeita.Certo, se nem todo trabalho é alienação, é graças à mestria do artesão, ou seja, à alegria de quem exerce sua destreza, mas é também porque, EM TESE, o usuário do produto artesanal reconhece e admira, no objeto manufaturado, a arte de quem o fabricou.Digo "em tese" porque, de fato, é cada vez menos assim: na extrema insegurança produzida pela rápida mobilidade social ("Será que os outros sabem que eu me enriqueci?"), o novíssimo-rico acumula produtos de luxo (supostamente artesanais) sem ter o tempo de acumular a cultura mínima para apreciá-los. Como assim, que cultura?Quando eu era criança, o senhor Columbaro era o humilde alfaiate da família: ele sabia recortar os ternos velhos do meu pai para confeccionar calças e casacos para nós e, também, ele conseguia dar uma segunda vida a ternos puídos, reconstituindo-os depois de ter virado o tecido pelo avesso. Pois bem, uma vez, o senhor Columbaro me explicou longamente por que um terno de Seville Road cai solto ao redor do corpo (só para começar: a tela interna não é colada, mas costurada com centenas de pontos).Comecei assim a enxergar, nos produtos manufaturados, o esforço e a habilidade de quem os fabrica. É possível que, um dia, o preço de um produto artesanal não seja decidido pela excelência do trabalho do artífice, mas seja apenas função do status que sua posse confere (inevitavelmente) numa sociedade em que o consumo aparente define as diferenças sociais.A partir daquele dia, aos poucos, só sobrarão produtos medíocres, que não dirão nada sobre a perícia do artesão -apenas bradarão o status de seus consumidores.Os leitores de "Gomorra", de Roberto Saviano (ed. Bertrand Brasil), assim como os espectadores do filme homônimo, sabem que já há porões em que se fabricam, ao mesmo tempo, do mesmo jeito e no mesmo molde, a suposta alta-costura e suas "cópias" destinadas a quem só quer passear com uma marca famosa gravada no peito.Qual a relevância disso tudo? Pois é, vou parecer catastrofista, mas penso assim: no dia em que formos incapazes de reconhecer e respeitar, no produto, a excelência do artesão, quando não soubermos mais enxergar o trabalho humano nos objetos que usamos, teremos perdido todo interesse pela vida concreta -inclusive pela nossa própria.Era isso que eu tentava dizer a Sebastião.
CONTARDO CALLIGARIS é psicanalista, doutor em psicologia clínica e colunista da Folha de São Paulo. Italiano, hoje vive e clinica entre Nova York e São Paulo.

domingo, 26 de abril de 2009

CAPÍTULO XIX Portugal

O Céu de Lisboa é deveras lindo!
Há uma luz que me diz tanto,
Há um brilho que enche-me de esperanças.

Final de semana esplêndido!


Dia 25.04.2009 Feriado





Almoço na casa da Teresa e do Luis.
D. Elisa e a Dinha
foram nossas especiais companhias.
O Tiago bateu a foto.
Foi um almoço perfeito,
Teresa estava conosco, e bem!











Antes do almoço,
Luis assando os deliciosos "carapaus",
hummmmm
D. Elisa,
om seus grandes dotes culinários,
como sempre ajudou-nos.





Após almoço,
fomos a José franco,
em Sobreiro,
pertinho de Mafra.
Fomos conhecer a vida e obra
deixada por ele, que faleceu semana passada,
e seu imenso amor pela cerâmica!
Dinha, Teresa e Carmen.












Tomando um café
e comendo pão com chouriço.

Depois fomos a Ericeira
tomar um café da tardinha!


Domingo, dia 26.04.2009




Eu e Luis devidamente vestidos.
Minha primeira viagem de "mota" em Portugal.
Belíssima viagem. Moto mravilhosa.

Cruzamos a ponte Vasco da Gama,
a maior ponte do mundo!
Destino: TROIA.

Pena não poder tirar fotos como "pendura"
na moto, vento e velocidade não deixam.








Castelo de São Felipe.
No caminho, rápida parada
para conferir a belíssima visão
que se tem do castelo,
hoje pousada do castelo.