quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pierre Bergé & Yves Saint Laurent

Pierre Bergé a Yves Saint Laurent

"Il va falloir se quitter maintenant". "Je ne sais comment le faire parce que je ne te quitterai jamais. Nous sommes-nous déjà quittés? Même si je sais que nous ne regarderons plus le soleil se coucher sur les jardins de l'Agdal, que nous ne partagerons plus l'émotion devant un tableau ou un objet d'art, oui tout cela je le sais...". "Je veux te dire mon admiration, mon profond respect et mon amour".
No blog da Ana Clara, muitas homenagens a YSL. Belíssimo!

Não encontrei escrito na íntegra o  discurso de Pierre Bergé,
mas para quem quer apreciar a admiração e cumplicidade na voz de Bergé,
ouça a homenagem no link abaixo.

IVES SAINT LAURENT

No Blog da estilista paulista Adriana Rodrigues ( http://adrianarodriguesdesign.blogspot.com/),
encontrei esta síntese perfeita.
História e vida de YSL, escrita com muita sensibilidade e conhecimento,
de quem fala de moda com amor.
Parabéns Adriana!

POSTADO POR ADRIANA RODRIGUES



Yves Henri Donat Mathieu Saint Laurent
Se, de Nova York a Paris e de Sidney a Pequim, mais de dois milhões de visitantes admiraram suas criações no museu, seu estilo é expresso em primeiro lugar através da cor, da vida, do movimento e da história das mulheres, que ele acompanha com amor desde 1958, data de sua primeira coleção na Christian Dior, que o tornou célebre no mundo inteiro. Nascido em Oran, na Argélia, em 1956, ele tem apenas vinte e um anos quando o chamam de Christian II. Ele funda sua maison de costura em 1962 com Pierre Bergé, e lança em 1966 sua linha de prêt-à-porter "Rive Gauche", permitindo a milhares de mulheres conjugar elegância e conforto. Assim, a saharienne (1967) ou o terninho (1968) vão se tornar clássicos do guarda-roupa contemporâneo.
"Uma mulher feliz é uma mulher de saia preta, com um pulôver preto, meias pretas, uma jóia de fantasia e um homem que a ame ao lado".
Para se impor como o maior costureiro de sua época, esse esteta soube, mais do que ninguém, transcrever seus sonhos inspirados pelos pintores:
Andy Warhol, Mondrian e Tom Wesselrnan nos anos 60, Picasso nos anos 70, Van Gogh e Bonnard nos anos 80. Suas criações causaram escândalo, sejam as primeiras blusas transparentes (1968), ou o perfume Opium, lançado em 1977. Mas a sua força está também em encarnar ao mesmo tempo o classicismo absoluto, tendo como embaixatriz Catherine Deneuve. Herdeiro de Chanel e Balenciaga, ele se mantém fiel a essas linhas que não possuem qualquer detalhe em excesso:
"a elegância é urna maneira de se mover".
Grande colecionador, apaixonado por ópera, Yves Saint-Laurent é um dos últimos grandes estetas deste final de século. De Cyrano de Bergerac a A Águia de duas Cabeças, ele criou inúmeros figurinos para o teatro, sua primeira paixão. Sua arte é depurada e, de um sopro de musselina, ele recria sonhos dignos de um Botticelli, para dizer melhor:
"O mais belo ornamento de um homem ou uma mulher é o amor".


Primeiro costureiro a vestir as mulheres com transparências, Yves Saint Laurent também foi o primeiro a entrar, ainda em vida, para o museu. Foi em 1983, no Metropolitan Museum de Nova York. Seu nome é uma lenda. Sua griffe, um império. Seus desfiles, rituais.
Quarenta anos depois de sua coleção Trapézio, que lhe valeu o apelido de "o mais novo nome da alta costura", Yves Saint Laurent permanece um enigma, um anarquista bilionário capaz de declarar:
"Só lamento uma coisa, não ter inventado o jeans."
Primeiro costureiro a lançar um blusão negro (em 1960, na Maison Dior), e substituir os escarpãs por botas longas, ele é também um dos últimos a se submeter, com uma grande humildade, à obrigação que se impôs desde os anos de aprendizagem na Maison Dior...
"Todos os meus vestidos nascem de um gesto. Um vestido que não reflete ou não faz pensar em um gesto não é bom. Uma vez encontrado esse gesto, pode-se escolher a cor, a forma definitiva..."
YSL foi o primeiro costureiro a constituir sua própria coleção particular. Outro paradoxo, para aquele cujas roupas são feitas em primeiro lugar para as mulheres, e as que as vestirão: "Com Yves Saint Laurent a gente sente que existe um desenho por trás da roupa. Existe a mão, o olho, o espírito, esse gosto que encontramos nas operárias que conhecem o nosso corpo. O vestido existe porque elas observaram você, e elas sabem...", observa uma cliente.


Ex-primeira costureira do ateliê, Madame Renée desvenda, sem revelar, o mistério dos drapeados de Saint Laurent:


"A gente tenta captar o movimento de um sari, preservar o lado flexível do esboço. Quando eu experimento os modelos nas manequins, faço com que se movimentem pelo ateliê. É importante que elas se sintam ao mesmo tempo seguras e leves. O Sr. Saint Laurent detesta entraves. Ele tem horror à idéia de que uma mulher seja bloqueada ao caminhar."


Os escândalos YSL
Em 1966, sua see-through blouse provocou o maior escândalo nos Estados Unidos. Dois anos mais tarde, uma cliente que chegava a um restaurante em Nova York numa túnica-pantalona de jersey é proibida de entrar. Ela reaparece só de túnica (que virou um mini-vestido), e é aceita...


"Eu quero encontrar para as mulheres o equivalente do terno masculino", explicava ele em 1967, liberando a moda de suas histórias de comprimentos e cores, para fazê-la alcançar a época. Seu grande escândalo terá sido o de exaltar o corpo, de substituir a palavra elegância por sedução, acendendo o fogo do desejo, nos locais em que só cabiam conveniência e respeitabilidade.
A andrógina de Tom Ford não poderia ter nascido sem a amazona de YSL, declarando em 1966 o ano da coleção de prêt-à-porter Rive Gauche:


"A beleza? Nenhum interesse. O que conta é a sedução, o choque. O que se sente. É o puramente subjetivo. Pessoalmente, sou mais sensível ao gesto do que ao olhar, à silhueta ou a qualquer outra coisa..."


Foi ele quem quebrou as regras do jogo, falando de cores mais do que de "coloridos", esbanjando seus vermelhos, seus azuis e seus verdes, fazendo a costura oscilar no universo oriental dos bazares, dos souks temperados de visões. Desconhecidas, suas seis coleções na Maison Dior, entre 1958 e 1960, revelam em filigrana as obsessões de um jovem costureiro preocupado em dar continuidade à obra de seu mestre, e atraído pela época que se abre para ele, década de todas as liberações, segundo seu amigo Andy Warhol.


O vestido trapézio de 1958, que rompia com o modelo da mulher apertada, espremida do pós-guerra, anuncia a transição que será seguida por muitos outros: o caban (1962), o smoking (1966), a saharienne e os ternos masculinos (1967), o jumpsuit (macacão, 1968), e os vestidos transparentes (1969). Ela marca o fim dos diktats, cujas linhas sazonais da alta costura eram a tônica. Inspirada nos mercados das pulgas 2, a coleção de 1940 (1971), marcará a intrusão da "rua" na moda, fazendo de cada costureiro um antiquário em potencial


"O preto é meu refúgio, diz YSL, o preto é um risco numa página em branco".


Do preto, ele fez uma cor, um camaleão capaz de atravessar o dia e a noite, de romper a primavera e o inverno com a mesma força. Desse preto reservado às "cerimônias", ele fez um clássico cotidiano. Mas ele é também o costureiro da luz, aquele de quem os tons rosa - Toureiro, Magenta, Amor, Aurora - vibram e cintilam sobre a pele nua, fazendo de suas mulheres umas heroínas. Ao negro que simplifica, condensa, purifica opõem-se com ele, cor de todas as cores, esses vestidos de mil e uma noites, pousados como ornamentos sobre ídolos com corpo de ébano.


O costureiro camaleão


Aos vinte e um anos, ele parecia ter ficado velho. "Sua juventude foi completamente quebrada em 1958", diz sua mãe, Lucienne Mathieu Saint Laurent. Escondido por trás dos óculos, ele se revela nos anos 70, sob o porte de um adolescente, no papel de manequim para a coleção Rive Gauche para homem, chegando até a posar nu para as lentes de Jean-Loup Sieff, no lançamento de seu perfume. Uma estréia. Dândi em dufffle-coat à moda de Cocteau, Gatsby em terno branco, Swann em smoking, ele confunde, colorindo os cabelos, engorda, emagrece.


Primeiro a fazer da moda um espetáculo (coleção Ópera Balés Russos, 1976), ele foi o primeiro a prezar a solidão como um ídolo, a se deixar envelhecer, até mesmo para se proteger dos outros e dele mesmo. "Estou cada vez mais só. Não posso sair. Tenho medo do mundo exterior, da rua, da multidão. Só fico bem em casa, com meu cachorro, meus lápis e meus papéis..." afirma hoje YSL. Em sua solidão ele vê, critica a rua parisiense, prefere a ela "a energia de Nova York: essa maneira de misturar o esporte e a cidade, de não se desmoronar por trás de sua parka..."


As vertigens da arte


Em 1959, na Maison Dior, YSL celebra em suas coleções pintores como Goya, cujas "infantes", de rosto envolto em tule "ponto de espírito", são as heroínas. A coleção Mondrian e seus vestidos como "móbiles no espaço" (1965) será o prelúdio de uma nova aventura que faz de YSL o "Beatle da rua Spontini", criador da coleção Pop Art, inspirado por Andy Warhol e Tom Wesselman. Nos anos 70, as referências à arte, que serviam para inseri-lo na vida, o consumo dos tempos modernos torna-se um refúgio, uma espécie de ideal, território sagrado de todas as alquimias, ali onde a dor se torna beleza.


Yves Saint Laurent torna-se uma imagem, uma espécie de ícone, rodeado por uma muralha de ouro e silêncio. Da coleção Ópera Balés Russos à coleção "Picasso", a vertigem não cessará de aumentar, ali onde a moda, campo do efêmero, do transitório, roça a História, e suas obras-primas. Apresentados num clima dominado pela especulação do mercado de arte, as Iris e os Girassóis inspirados em Van Gogh, esses ternos cujos bordados farão deles os mais do mundo, mostram ainda a dupla tentação de YSL: acompanhar seu tempo, e ao mesmo tempo suspendê-lo. Ser o único capaz de ousar dizer, a propósito da mulher contemporânea:


"Eu inventei seu passado, ofereci-lhe seu futuro e isso durará até bem depois de minha morte."


A elegância segundo YSL: simplicidade e originalidade


ADRIANA RODRIGUES

terça-feira, 10 de maio de 2011

L'Amour Fou

 O Louco Amor de Yves Saint Laurent

Yves Saint Laurent - Pierre Bergé, l'amour fou
França , 2010 - 98 min.
Documentário
Direção: Pierre Thoretton
Elenco: Yves Saint-Laurent, Pierre Bergé, Betty Catroux,
Loulou De La Falaise, Jack Lang, Frédéric Chambre,
Boujemaa Lahbali, Catherine Deneuve, Laetitia Casta

Filme melancólico, sombrio, mas de uma beleza extraordinária,
principalmente pela “preciosa” coleção de obras de arte
que YSL e Pierre Bergé possuíam e que ao lado das peças
que revolucionaram a alta costura, desfilavam sob nossos olhares.



A magnífica residência em Paris e as casas da Normandia e Marrakesh deslumbram, tanto pela arquitetura, beleza, poesia,
como pelo bom gosto da decoração, das peças de arte,
desde vasos chineses, até quadros de Matisse, Picasso, Cezanne,
Mondrian, e uma rara escultura do romeno Brancusi
Com a morte de Yves em 2008, Bergé decidiu vender a coleção.
Foi arrecadado 370 milhoes de euros, o “leilão do século”,
como ficou conhecido.


O documentário foi narrado pelo próprio Pierre Bergé,
com quem YSL viveu durante cinqüenta anos.
Existem cenas emocionantes, principalmente as do último desfile de Yves Saint Laurent (janeiro de 2002, quando ele anunciou sua aposentaria), e de seu funeral, em Paris, quando Bergé faz em público a sua declaração de amor.
É uma belíssima história de amor.
Através de Bergé, conhecemos um Ives Saint Laurent mais humano, tímido, depressivo, e com a auto estima balançada.
Entretanto era homem de enorme sensibilidade, amante das artes,
da poesia, mudando após Dior, o panorama da moda em todo o mundo.

Bergé disse à rádio France Info:

"Chanel deu liberdade às mulheres.
Yves Saint Laurent lhes deu poder".

Segue abaixo a cópia na íntegra,
do discurso de Ives Saint Laurent.


Dia 7 de janeiro de 2002, Yves Saint Laurent
anunciou em Paris o seu afastamento da moda.
A imprensa mundial foi convidada a comparecer à maison do estilista,
no número 5 da avenida Marceau, onde Saint Laurent,
com 65 anos, leu o texto abaixo:


Senhoras e Senhores,


Convidei vocês para virem hoje a esta casa a fim de lhes dar uma notícia importante, que diz respeito à minha vida pessoal e ao meu trabalho.


Eu tive a oportunidade de me tornar aos 18 anos assistente de Christian Dior, de sucedê-lo aos 21 anos e de encontrar o sucesso desde a minha primeira coleção, em 1958. Em poucos dias, serão já 44 anos desde que tudo isso começou.
Depois, eu vivi para o meu trabalho e em nome de meu trabalho.
Eu quero homenagear aqueles que me influenciaram, que me guiaram na minha atividade e me serviram de referência.
Antes de todos, Christian Dior, o meu mestre e o primeiro que me levou a descobrir os segredos e os mistérios da alta costura. Balenciaga, Schiaparelli. Chanel, claro, que me deu tantas coisas e, como se sabe, liberou as mulheres. O que me permitiu, anos mais tarde, dar a elas o poder e, de uma certa maneira, liberar a moda.


Ao abrir, em 1966, pela primeira vez no mundo, uma butique de prêt-à-porter com a marca de um grande costureiro, criando sem me referir à alta costura, tenho consciência de haver feito progredir a moda de meu tempo e de haver permitido às mulheres acederem a um universo até então reservado.


Como Chanel, sempre aceitei a cópia e me orgulho muito que as mulheres de todo o mundo vistam tailleurs-pantalons, smokings, cabans e trench-coats. Digo a mim mesmo que criei o guarda-roupa da mulher contemporânea, que participei da transformação de minha época. Eu o fiz com roupas, o que é certamente menos importante do que a música, a arquitetura, a pintura e várias outras artes, mas, seja como for, eu o fiz.


Creio que serei perdoado por contar vantagens, mas, desde há muito tempo, eu acreditei que a moda não era apenas para embelezar as mulheres, mas também para lhes dar confiança, certeza, permitir que elas se assumissem.


Sempre fui contra os fantasmas de alguns que satisfazem seu ego através da moda. Ao contrário, eu quis me colocar a serviço das mulheres. Quer dizer, servi-las. Servir seus corpos, seus gestos, suas atitudes, sua vida. Quis acompanhá-las no grande movimento de liberação que conheceu o último século.


Tive a oportunidade de criar em 1962 minha própria maison de costura. Já faz 40 anos.
Eu quero agradecer àqueles que, desde o início, tiveram confiança em mim.
Michel de Brunhof, que me conduziu até Christian Dior. Mack Robinson, que acreditou no meu destino e permitiu que eu abrisse minha maison. Richard Salomon, a quem eu devo tanto.
Como poderia esquecer os jornalistas, como John Fairchild, Carmel Snow, Diana Vreeland, Nancy White, Eugenia Sheppard, Edmonde Charles-Roux, Françoise Giroud?


Mais próximo de mim, quero agradecer a Pierre Bergé, claro, mas será que vale a pena insistir nisso? Anne-Marie Munoz, Loulou de La Falaise. É impossível para mim citar todos os Premiers e Premières de ateliê que me acompanharam desde o início. Contudo, o que eu teria feito sem eles, sem o seu grande talento, que eu gostaria de saudar? Todos os operários e operárias, cujo devotamento admirável me ajudaram tanto e aos quais quero exprimir minha profunda gratidão, como também ao conjunto dos funcionários da minha maison.


Quero agradecer às mulheres que vestiram minhas roupas, as célebres e as desconhecidas, que me foram fiéis e me deram tanta alegria.
Tenho consciência de ter feito, durante longos anos, o meu trabalho com rigor e exigência. Sem concessões. Sempre coloquei acima de tudo o respeito por esse trabalho, que não é de fato uma arte, mas que precisa de um artista para existir.
Penso que eu não traí o adolescente que mostrou os primeiros croquis a
Christian Dior com uma fé e uma convicção inquebrantáveis. Essa fé e essa convicção nunca me abandonaram.


Todo homem, para viver, precisa de fantasmas estéticos. Eu os segui, procurei, persegui. Passei por muitas angústias, às vezes por infernos. Conheci o medo e a solidão terrível, os falsos amigos que são os tranquilizantes e os estimulantes. A prisão da depressão e das casas de saúde. De tudo isso, um dia eu saí maravilhado, mas desiludido.
Marcel Proust me ensinou que "a magnífica e lamentável família dos nervosos é o sal da terra". Sem sabê-lo, eu fiz parte dessa família. É a minha. Eu não escolhi essa linha fatal, contudo é graças a ela que eu me elevei ao céu da criação, que eu me aproximei dos fabricantes do fogo, dos quais fala Rimbaud, que eu me achei, que eu compreendi que o encontro mais importante da minha vida deveria ser comigo mesmo.


Apesar de tudo, eu escolhi dizer adeus, hoje, a esse trabalho que eu tanto amei.
O próximo desfile, para o qual eu convido os senhores, em 22 de janeiro, no Centro Georges Pompidou, será em grande parte uma retrospectiva de minha obra.
Muitos de vocês já conhecem os modelos que desfilarão. Eu tenho a ingenuidade de acreditar que eles podem desafiar os ataques do tempo e assegurar seu lugar no mundo de hoje. Eles já provaram isso. Outros modelos desta saison os acompanharão.


Quero agradecer igualmente ao sr. François Pinault e manifestar a ele a minha gratidão por permitir que eu colocasse harmoniosamente um ponto final a esta maravilhosa aventura e por ter acreditado, como eu, que a alta costura desta maison deveria se interromper com minha partida.


Enfim, quero agradecer a vocês, que estão aqui, e àqueles que não estão, por terem sido fiéis aos encontros que tivemos ao longo de tantos anos. Por terem me apoiado, compreendido, amado.


Eu não os esquecerei.


(Tradução de Alcino Leite neto).


                                Ives Saint Laurent e Pierre Bergé