sábado, 23 de maio de 2009

CAPÍTULO XXIII PORTUGAL
TORRES VEDRAS

"Existem muitos motivos para não se amar uma pessoa,
mas apenas um para amá-la". Carlos Drumond de Andrade

Chegar a Torres,
Olhar o céu, a terra,
pedaços de chão.
Buscar razão,
vida,
você,
caminhos,
Buscar e buscar.
Compreender,
Partir.

























































A história de Torres Vedras está dominada pelo Castelo do Século XVIII, uma fortificação que viu como ao longo do tempo, diversas civilizações se assentaram nas suas muralhas. Na costa, as praias de Santa Cruz e Praia Azul.
A presença humana nesta área se remonta a pré-história, mais precisamente ao Paleolítico Inferior. Desde então numerosas civilizações se estabeleceram aqui atraídas pelas óptimas condições destas terras.A criação do concelho data do reinado de D. Afonso Henriques, sendo o primeiro foral, concedido apenas em 1250 por D. Afonso III. Este foral foi renovado em 1510 por imposição do selo de D. Manuel. Foi em Torres Vedras que D. João I reuniu com o seu conselho, para decidir-se e deliberar-se sobre a conquista de Ceuta; também aqui em 1810 foram travadas duras e resistentes batalhas contra o avanço das tropas de Napoleão em direcção a Lisboa, durante o ciclo das Invasões Francesas, feito memorado pela famosa denominação das Linhas de Torres.










Carmen e Alexandre





















































Carmen e Ana Magda







Castelo
O Castelo de Torres Vedras foi mandado construir por D. Dinis a finais do século XIII, sobre uma primitiva fortificação construída pelos Alanos, e reconstruído em numerosas ocasiões.
No ano de 1810 o castelo passou a ser fortaleza das conhecidas Linhas de Torres e no ano de 1846 serviu de quartel para as tropas do Conde de Bonfim. No interior das muralhas que rodeiam o castelo se encontra a Igreja de Santa Maria e um formoso jardim.










Igreja de Santa Maria do Castelo









sexta-feira, 22 de maio de 2009



"E isso é tanto, que o teu ouro não compra,
E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto
Não cabe no meu canto." Hilda hilst
PORTUGAL 12.05.2009 - ÚlTIMOS DIAS..............

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo


Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
(Sofia M.Breyner)

ALCOBAÇA 12.05.2009

A actual cidade de Alcobaça cresceu nos vales dos rios ALCOA e BAÇA.
Em Alcobaça, podemos encontrar o célebre mosteiro cisterciense de Santa Maria fundado em 1148 por D. Afonso Henriques.
Neste mosteiro, encontram-se os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro. Reconstruído diversas vezes em vários estilos, desde o gótico ao manuelino, este mosteiro é um dos mais belos monumentos do mundo.

Conhecer Alcobaça finalizou a despedida.
Despedir-me e perder,
Perder e partir,
Chegar e nem saber,
Se cá estou.












Mosteiro de Santa Maria,
certeza da finitude!































ENCONTRO DOS RIOS ALCOA E BAÇA.









quinta-feira, 21 de maio de 2009

21.05.2009 SALVADOR- BAHIA- BRASIL


AUSÊNCIA
Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen






Santa Cruz

segunda-feira, 18 de maio de 2009

00:39 - 04:39
As minhas horas são duas,

As horas de cá e as de lá.

As minhas horas dividem-se no agora,

Dividem-se no agora as minhas horas. (CarmenBastos)


Quero
Nos teus quartos forrados de luar
Onde nenhum dos meus gestos faz barulho
Voltar.
E sentar-me um instante
Na beira da janela contra os astros
E olhando para dentro contemplar-te,
Tu dormindo antes de jamais teres acordado,
Tu como um rio adormecido e doce
Seguindo a voz do vento e a voz do mar
Subindo as escadas que sobem pelo ar.

domingo, 17 de maio de 2009

Salvador, 17.05.2009
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem
Sophia de Mello Breyner Andresen

Se ando nesta direção, atravesso o mar,atravesso o tempo,e fundimos num só coração!

Cá estou,

Olho a minha "Salvador da Bahia",

Olho-a de perto,

Tão de perto que dói-me.

Reconheço-me meio, metade,

Pedaços que flutuam no Tejo, no Sado, no Douro,

Constatação de naufrágios,

guerras perdidas, vitórias tantas,

peito carregado, agora outra vida!