quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


“Toda alegria longa e autêntica é severa.
O que não impede que a alegria seja leve
e tenha gosto de vinho.
Assim é a alegria.
Não cai do céu, nem salta do mar,
nem nos bate a porta de repente,
como a visita de um anjo.
Ela é o barco que projetamos e construímos,

no espaço do nosso tempo.
A alegria autêntica vai consistir em nos dispormos, embarcados, a serviço do ser.
Esse ofício é paixão e disciplina,

perseverança e esperança,
modéstia e embriagada lucidez.”
Helio Pellegrino (A Construção da Alegria)

Um comentário:

  1. Oi minha nova amiga!!!
    Este é tudo o poema, abraços

    No Ritmo do Tempo

    Ah! Tempo!
    Nunca quis voltar em ti.
    Apenas espero que me devolvas
    os sentimentos que vivi.
    Não deixes que meu sorriso
    se perca pelo cansaço
    e que minha voz
    se cale por um fracasso.
    Não deixes que meus caminhos
    se desviem da meta
    nem que os percalços
    sejam maiores que minha força
    para que eu siga esta reta.
    Que haja barreira intransponível
    a represar a minha vontade
    e fonte que jorre incessante
    para escoar a negatividade.
    Que batam fortes as minhas teclas
    pelo amor, pela justiça e pela verdade.
    Ah! Tempo!
    Que eu não seja teu instrumento
    mas que tu sejas o meu.
    Que eu nunca me perca no teu compasso,
    não atropele o teu ritmo
    e não confunda as tuas notas.
    Que a melodia de vida
    se encha de harmonia,
    a cada morrer da noite,
    a cada nascer do dia.

    Cleide Canton

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