sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mario Quintana, gaucho de Alegrete, poeta, presente em muitos momentos da minha vida quando não encontro palavras suficientes para dizer o que ele tão "bem diz", bendito sejas....................



Os dias passam, quase 30, e aquela esperança.....
Tem uma chama, um lume que ainda teima em arder.
Esperança vã?
Onde estive durante meu sono derradeiro?
Não sabemos o que a vida nos reserva, o que nos espera.................










Fazenda







Esperança


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana

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