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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

MARIO QUINTANA

Epílogo:



"Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma.
Tudo agora está suspenso. Nada agüenta mais nada.
E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes,
o que é que derruba um castelo de cartas!
Não se sabe… Umas vezes passa uma avalanche
e não morre uma mosca…
Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade". 
Mario Quintana

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PRESENÇA

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
MARIO QUINTANA



NAVEGAR É PRECISO,
VIVER NÃO É PRECISO.......................


"Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadura à proa
Mas o meu peito se desabotoa..."












































sexta-feira, 24 de julho de 2009

Comemorar é lembrar! É celebrar, festejar!







No "AQUA", na marina da contorno,
comemoramos o niver de Ana Cláudia.
Beijos de todos do Atelier Terra e Cor.





A amizade é um amor que nunca morre.
Mário Quintana

Loucos e Santos
Escolho meus amigos não pela pele
ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias
e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mario Quintana, gaucho de Alegrete, poeta, presente em muitos momentos da minha vida quando não encontro palavras suficientes para dizer o que ele tão "bem diz", bendito sejas....................



Os dias passam, quase 30, e aquela esperança.....
Tem uma chama, um lume que ainda teima em arder.
Esperança vã?
Onde estive durante meu sono derradeiro?
Não sabemos o que a vida nos reserva, o que nos espera.................










Fazenda







Esperança


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana