ANTONIO LÔBO ANTUNES E COTOVIA (Alondra)
São tão diferentes e inusitados os caminhos que nos levam a alguns lugares!
Foi através das inúmeras entrevistas dadas na RTP,
penso que todas a Mario Crespo,
que cheguei mais perto do escritor Antonio Lôbo Antunes.
Foi em 2007, precisamente ao aproximar-me de Portugal,
que iniciei a bela tarefa de conhecer a fala e o pensamento
do escritor admirável, que em 2007 recebeu o Prêmio Camões,
o mais importante para autores de língua portuguesa,
atribuído ao romancista pelo conjunto da sua obra.
Instituído em 1988, pelos governos de Portugal e do Brasil,
o Prémio Camões é anualmente outorgado a autores
cuja obra contribua para o enriquecimento do património literário
e cultural da língua portuguesa.
Aqui muitas vezes já teci comentários
sobre minha admiração pelo homem e escritor Lôbo Antunes.
Dessa forma, nos anos subsequentes acompanho
seus depoimentos e entrevistas nos lançamentos dos seus livros,
e incio assim a leitura das suas publicações.
Muitas vezes, ouvindo tais depoimentos,
via-o porta voz de palavras e sentimentos meus,
ecoando profundamente nas antigas memórias.
Em julho deste ano, fui a FLIP,
Feira Literária Internacional de PARATI, no Rio de Janeiro,
evento que acontece todos os anos,
reunindo os grandes escritores do mundo e suas publicações.
Recebí como presente a possibilidade de ver e ouvir Lôbo Antunes,
em conversa com o jornalista brasileiro Humberto Werneck,
além de estar no lançamento do seu livro, "O meu nome é Legião".
http://www.youtube.com/watch?v=iyLPdx1p338&feature=related
Em outubro, no lançamento de
São tão diferentes e inusitados os caminhos que nos levam a alguns lugares!
Foi através das inúmeras entrevistas dadas na RTP,
penso que todas a Mario Crespo,
que cheguei mais perto do escritor Antonio Lôbo Antunes.
Foi em 2007, precisamente ao aproximar-me de Portugal,
que iniciei a bela tarefa de conhecer a fala e o pensamento
do escritor admirável, que em 2007 recebeu o Prêmio Camões,
o mais importante para autores de língua portuguesa,
atribuído ao romancista pelo conjunto da sua obra.
Instituído em 1988, pelos governos de Portugal e do Brasil,
o Prémio Camões é anualmente outorgado a autores
cuja obra contribua para o enriquecimento do património literário
e cultural da língua portuguesa.
Aqui muitas vezes já teci comentários
sobre minha admiração pelo homem e escritor Lôbo Antunes.
Dessa forma, nos anos subsequentes acompanho
seus depoimentos e entrevistas nos lançamentos dos seus livros,
e incio assim a leitura das suas publicações.
Muitas vezes, ouvindo tais depoimentos,
via-o porta voz de palavras e sentimentos meus,
ecoando profundamente nas antigas memórias.
Em julho deste ano, fui a FLIP,
Feira Literária Internacional de PARATI, no Rio de Janeiro,
evento que acontece todos os anos,
reunindo os grandes escritores do mundo e suas publicações.
Recebí como presente a possibilidade de ver e ouvir Lôbo Antunes,
em conversa com o jornalista brasileiro Humberto Werneck,
além de estar no lançamento do seu livro, "O meu nome é Legião".
http://www.youtube.com/watch?v=iyLPdx1p338&feature=related
Em outubro, no lançamento de
" Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar?",
seu último livro, também pela Editora Dom Quixote,
Lôbo Antunes novamente é entrevistado pelo Mario Crespo,
assitido por mim inúmeras vezes,
em raras e belas falas de muita sensiblidade e compreensão do outro,
de "paisagens interiores" como diz ele.
No encontro da FLIP, Lôbo Antunes, fez em público,
a indicação do livro de DEZSÖ KOSZTOLÁNYI, "COTOVIA".
Na altura nunca tinha ouvido falar desse grande escritor,
considerado o maior escritor húngaro deste século.
Nasce em Szabadka, 1885 e morre em Budapeste, 1936.
Foi narrador, poeta, tradutor, ensaísta e jornalista.
Publicou poesia (Queixas de um menino pobre, 1910;
Queixas de um homem triste, 1924,
seu último livro, também pela Editora Dom Quixote,
Lôbo Antunes novamente é entrevistado pelo Mario Crespo,
assitido por mim inúmeras vezes,
em raras e belas falas de muita sensiblidade e compreensão do outro,
de "paisagens interiores" como diz ele.
No encontro da FLIP, Lôbo Antunes, fez em público,
a indicação do livro de DEZSÖ KOSZTOLÁNYI, "COTOVIA".
Na altura nunca tinha ouvido falar desse grande escritor,
considerado o maior escritor húngaro deste século.
Nasce em Szabadka, 1885 e morre em Budapeste, 1936.
Foi narrador, poeta, tradutor, ensaísta e jornalista.
Publicou poesia (Queixas de um menino pobre, 1910;
Queixas de um homem triste, 1924,
e Cálculo, 1935), ensaio, contos e romance
(Cotovia, 1924 [o único título disponível em Português];
O cometa dourado, 1925; Ana, a doce, 1926
e Nero, o poeta sangrento, 1922).
Orginal, sóbrio e arrebatador.
e Nero, o poeta sangrento, 1922).
Orginal, sóbrio e arrebatador.
Um livro que não se esquece.
Setembro de 1899: numa pequena cidade de província
Setembro de 1899: numa pequena cidade de província
do império austro-húngaro, a filha única dos Vajkay,
carinhosamente chamada Cotovia,
dispõe-se a passar uma semana de férias com os seus tios.
A despedida na estação é dolorosa,
carinhosamente chamada Cotovia,
dispõe-se a passar uma semana de férias com os seus tios.
A despedida na estação é dolorosa,
os dias de separação serão penosos.
No entanto, para o velho casal inicia- se, precisamente,
um feliz período de redescobertas: a boa comida,
a afectuosa e divertida companhia de velhos amigos,
a peculiar extravagância dos comediantes, a música, o riso.
Numa semana, coincidem pois,
a alegria de viver com a ausência dessa filha querida,
solteirona e pouco graciosa,
cuja presença dava sentido e ao mesmo tempo
condicionava a existência dos Vajkay.
Este romance, que Le Nouvel Observateur apelidou de “delicioso”,
“delicado” e “arrebatador”, prova que não é preciso um grande enredo
para escrever um grande romance.
É preciso, isso sim, agarrar a alma das personagens
e explaná-la nas páginas com toda a intensidade que a vida exige.
Deszo Kostolanyi é um mestre na arte de comover
No entanto, para o velho casal inicia- se, precisamente,
um feliz período de redescobertas: a boa comida,
a afectuosa e divertida companhia de velhos amigos,
a peculiar extravagância dos comediantes, a música, o riso.
Numa semana, coincidem pois,
a alegria de viver com a ausência dessa filha querida,
solteirona e pouco graciosa,
cuja presença dava sentido e ao mesmo tempo
condicionava a existência dos Vajkay.
Este romance, que Le Nouvel Observateur apelidou de “delicioso”,
“delicado” e “arrebatador”, prova que não é preciso um grande enredo
para escrever um grande romance.
É preciso, isso sim, agarrar a alma das personagens
e explaná-la nas páginas com toda a intensidade que a vida exige.
Deszo Kostolanyi é um mestre na arte de comover
e Cotovia uma obra-prima.
Terminei por ler a tradução castelhana - "Alondra",
por não encontrar com facilidade a edição em português.
Dizem os críticos que é muito melhor que a edição portuguesa
e também mais barata (ED. BYBLOS, 13,75 E)
E como sempre, a vida nos surpreende!
Terminei por ler a tradução castelhana - "Alondra",
por não encontrar com facilidade a edição em português.
Dizem os críticos que é muito melhor que a edição portuguesa
e também mais barata (ED. BYBLOS, 13,75 E)
E como sempre, a vida nos surpreende!
Vim agradecer e retribuir os VOTOS DE UM EXCELENTE 2010
ResponderExcluirTudo de bom para ti e para os teus
Luis
Olá Carmen, minha amiga!
ResponderExcluirPara além da arte da tua cerâmica linda, és um rio caudaloso que nos traz excelentes sugestões de leitura e comentários de fina sensibilidade.
Para ti um Bom Ano Novo.
BJS
Olá Carmem, através do blog da Lú Leão vim conhecer o seu. Achei lindo!
ResponderExcluirAproveito para te desejar um maravilhoso Ano Novo, cheinho de paz, amor e muitas conquistas e vitórias.
Feliz 2010!
Sol