quarta-feira, 15 de julho de 2009

PARATY - CAPÍTULO IV

FLIP
Como afixionada pela internet, inscreví-me no blog da Flip.
As notícias chegam todos os dias e vibro com o que leio,
confessando que tenho muita inveja de Paraty.
Sonho vendo Salvador, "berço da cultura e da arte no Brasil",
sediando feira deste porte.
A preparação da Flip envolve uma mega equipe
e certamente já estão a pensar na Flip 2010.

"A 7a. edição do evento começou desde o momento em que a FLIP anterior teve fim.
Todo esse exercício de antecipação vai, na verdade, para dizer que a FLIP é um evento que conta com tempos múltiplos, que combina experiências diversas e termina por ser uma obra coletiva, em que escritores, leitores, críticos, artistas, jornalistas, viajantes e paratienses se encontram em momentos diferentes de suas experiências de vida.
O fato de esse encontro ocorrer mais uma vez a partir desta quarta-feira 1 de julho — e mais uma vez ser regado a literatura — é algo a ser celebrado. Para lembrar Manuel Bandeira, cuja poesia é homenageada na FLIP 2009, tomemos alegria". (Blog da FLIP)


Paraty viveu a Flip sem copos no chão, desavenças,
ou olhares atravessados por esbarrões.
O vinho, o chop, a cachaça parecem mais suaves,
o som menos estridente,
a música pede entrega e poesia
e o homem fica refém daquela atmosfera.
A Flip pede descoberta, reflexão, encanto,
desperta o interesse pela prosa, pela poesia,
e certamente abre horizontes.
Quem dera!










Porta da tenda,
onde ocorriam as mesas.
Bela homenagem a Bandeira.


















No painel foram usados cerca de 2 mil livros
compondo a imagem do rosto de Manuel Bandeira.












Tenda, perfeitamente incorporada a Paraty.












Tenda







A MANUEL BANDEIRA,



Desencanto
(Manuel Bandeira)
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias.
Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.

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