segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CIDADE DO SALVADOR

A história da "cidade de Salvador"
inicia-se 48 anos antes de sua fundação oficial
com a descoberta da Baía de Todos os Santos, em 1501.
A Baía reunia qualidades portuárias e de localização,
o que a tornou referência para os navegadores,
passando a ser um dos pontos mais conhecidos e visitados do Novo Mundo.
Isso fomentou a idéia de construção da cidade.
O rei D. João III, então, nomeou o militar e político Thomé de Sousa
para ser o Governador-geral do Brasil e fundar, às margens da Baía,
a primeira metrópole portuguesa na América.
Em 29 de março de 1549, a armada portuguesa aportava na Vila Velha
(hoje Porto da Barra), comandada pelo português Diogo Alvares, o Caramuru.
Era fundada oficialmente a cidade de Cidade do São Salvador da Baía de Todos os Santos,
que desempenhou um papel estratégico
na defesa e expansão do domínio lusitano entre os séculos XVI e XVIII,
sendo a capital do Brasil de 1549 a 1763.
O trecho que vai da atual Praça Castro Alves até a Praça Municipal,
o plano mais alto do sítio, foi escolhido para a construção da cidade fortaleza.
Thomé de Souza chegou com uma tripulação de cerca de mil homens
– entre voluntários, marinheiros soldados e sacerdotes,
que ajudaram na fundação e povoação de Salvador.
Em 1550, os primeiros escravos africanos vieram da Nigéria, Angola, Senegal,
Congo, Benin, Etiópia e Moçambique.
Com o trabalho deles, a cidade prosperou,
principalmente devido a atividade portuária,
cultura da cana de açúcar e comercialização o algodão o fumo e gado do Recôncavo.
A riqueza da Capital atraiu a atenção de estrangeiros,
que promoveram expedições para conquistá-la.
Durante 11 meses, de maio de 1624 ao mês de abril de 1625,
Salvador ficou sob ocupação holandesa.
Em 1638, mais uma tentativa de invasão da Holanda,
desta vez com o Conde Maurício de Nassau que não obteve êxito.
A cidade foi escolhida como refúgio pela família real portuguesa
ao fugir das investidas de Napoleão na Europa, em 1808.
Nessa ocasião, o príncipe regente D. João abriu os portos às nações amigas
e fundou a escola médico-cirúrgica, primeira faculdade de medicina do País.
Em 1583, Salvador tinha duas praças, três ruas e cerca de 1600 habitantes.

Em 1823, mesmo um ano depois da proclamação da Independência do Brasil,
a Bahia continuou ocupada pelas tropas portuguesas do Brigadeiro Madeira de Mello.
No dia 2 de julho do mesmo ano, Salvador foi palco
de um dos mais importantes acontecimentos históricos para o estado
e que consolidou a total independência do Brasil.
A data passou a ser referência cívica dos baianos,
comemorada anualmente com intensa participação popular.
Dos planos iniciais de D. João III, expressos na ordem de aqui ser construída
"A fortaleza e povoação grande e forte",
o compromisso foi cumprido por Thomé de Souza
e continuado pelos que os sucedem.

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