Quando olho para mim não me percebo.
Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca propriamente reparei
Se na verdade sinto o que sinto.
Eu Serei tal qual pareço em mim?
Serei Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
Fernando pessoa
A25A
Há 2 dias
LIndo isso de Fernando pessoa. Bom dia,Carmem. Beijos
ResponderExcluirPassei por aqui. Deixo um sinal. Estou vivo e amo o sol!
ResponderExcluirBeijinho de amizade!