sábado, 3 de abril de 2010

Ainda Drumomd, O POETA

Quando releio Drumond,
Releio a vida, a poesia, o amor!















TRECHOS DA ÚLTIMA ENTREVISTA

O suplemento Idéias, do Jornal do Brasil, de 22 de agosto de 1987
(cinco dias após a morte de Drummond), apresentou em suas páginas centrais
trechos da última e exclusiva entrevista do poeta mineiro
ao jornalista Geneton Moares Neto.

Dezessete dias antes de dar adeus ao mundo,
Carlos Drummond de Andrade confessava que tinha um único e prosaico medo:
o de escorregar, levar uma queda boba e quebrar o fêmur.
A confissão é exemplar do temperamento do maior poeta brasileiro.
Quem batesse à porta do apartamento 701 do prédio de número 60
da Rua Conselheiro Lafayette, em Copacabana,
à procura de declarações grandiloqüentes sobre a vida,
a arte e a eternidade iria se deparar
com um homem teimosamente prosaico,
despido de todo e qualquer traço de vaidade e orgulho
diante de uma obra que começou a brotar em Itabira
para o mundo em 1918, ano da publicação de um poema chamado Prosa,
num jornalzinho que só saiu uma vez.


O Drummond que se revela de corpo inteiro na longa entrevista
que nos concedeu em duas sessões - nos dias 20 e 30 de julho -
é um homem desiludido com o mundo. Agnóstico.
Confessadamente solitário. Cético diante da posteridade.
Injustamente rigoroso no julgamento da obra que produziu.
Tinha uma íntima esperança: queria ver a filha única,
a escritora Maria Julieta, recuperada da doença.
Tanto é que tentou adiar a entrevista para ‘quando as coisas melhorassem’.
Não melhoraram. Os azares de agosto desabaram
sobre os ombros frágeis do poeta.
O câncer ósseo levou Maria Julieta.
E tirou do poeta a vontade de viver.
A imagem do Drummond cambaleante
nas alamedas do cemitério no enterro da filha única
era um mau presságio.

Menos de uma semana antes da morte da filha, Drummond,
enfim, cedera à nossa insistência em obter um longo depoimento
- não sem, antes, brindar-nos com o dúbio qualitativo de ‘implacável’.
A entrevista fazia parte do projeto de publicação
de um livro de depoimentos sobre os 60 anos
do célebre poema No meio do caminho, no próximo ano.
Drummond, naturalmente, não concordava nem de longe
com a idéia de homenagear a data.
‘Não vale a pena; a data não merece consideração alguma’.
Mas, provocado, falou como em poucas vezes:
o depoimento, transcrito, rendeu cerca de mil linhas datilografadas.
Um trecho - que antecipava a decisão do poeta de deixar de escrever
- foi publicado no Idéias há duas semanas.
Depois da morte da filha,
Drummond tentou sustar a publicação da entrevista
porque a considerava ‘muito festiva’.
Acabou permitindo, sob a condição de que o editor avisasse
que ela tinha sido concedida antes da morte de Maria Julieta.
Em poucos dias, a entrevista transformou-se
na cerimônia de adeus do maior poeta brasileiro.
Mais do que nunca, neste depoimento,
Drummond insiste que será esquecido em pouco tempo.
Não será. E não terá sido por acaso que o clima no seu enterro
não era propriamente de comoção.
Porque todo mundo ali sabia que, nos versos, Drummond vive.
E, na morte, encontrou o que tanto queria: a paz.

No dia 5 de agosto morre a mulher que mais amou,
sua amiga, confidente e filha Maria Julieta.
Desolado, Drummond pede a sua cardiologista
que lhe receite um “infarto fulminante”.
Apenas doze dias depois, em 17 de agosto de 1987,
Drummond morre numa clínica em Botafogo, no Rio de Janeiro,
de mãos dadas com Lygia Fernandes,
sua namorada com quem manteve um romance paralelo ao casamento
e que durou 35 anos (Drummond era 25 anos mais velho
e a conheceu quando ele tinha 49 anos).
Era uma amor secreto, mas nem tanto.
Lygia contaria ao jornalista Geneton Moares Neto
(a quem Drummond concedeu sua última entrevista)
que “a paixão foi fulminante”.


O MEDO
“A maior chateação da velhice é você ficar privado

do uso completo de suas faculdades.
A pessoa velha tem de moderar o ritmo do andar,
porque, do contrário, o coração começa a pular.
Não pode fazer grandes excessos.
Não tomar um pileque de vez em quando
porque isso provocará consequências maléficas.
Ela tem de ser moderada até nos amores.
“O medo que tenho é levar uma queda, me machucar,
quebrar a cabeça, coisas assim, porque, na idade em que estou,
a primeira coisa que acontece numa queda é a fratura do fêmur.
Isso eu receio”.
“...Cantaremos o medo da morte/ depois morreremos de medo/ e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas”

(Congresso Internacional do Medo - trecho)

O PAÍS
“Eu lamento que haja pouco consumo de livro no Brasil.

Mas aí é um problema muito mais grave.
É o problema da deseducação, o problema da pobreza
- e, portanto, o da falta de nutrição e da falta de saúde.
Antes de um escritor se lamentar porque não é lido
como são lidos os escritores americanos ou europeus,
ele deve se lamentar de pertencer a um país
em que há tanta miséria e tanta injustiça social”.
“Precisamos descobrir o Brasil/ Escondido atrás das florestas/

com a água dos rios no meio/ o Brasil está dormindo, coitado”
(Hino Nacional - trecho)


A SOLIDÃO
“Se eu me sinto solitário?

Em parte, sim, porque perdi meus pais e meus irmãos todos.
Nós éramos seis irmãos.
E, em parte, porque perdi também amigos da minha mocidade,
como Pedro Nava, Mílton Campos, Emílio Moura,
Rodrigo Melo Franco de Andrade, Gustavo Capanema
e outros que faziam parte da minha vida anterior, a mais profunda.
Isso me dá um sentimento de solidão.
Por outro lado, a solidão em si é muito relativa.
Uma pessoa que tem hábitos intelectuais ou artísticos,
uma pessoa que gosta de música, uma pessoa que gosta de ler
nunca está sozinha. Ela terá sempre uma companhia:
a companhia imensa de todos os artistas,
todos os escritores que ela ama, ao longo dos séculos”.
“Precisava de um amigo/ desses calados, distantes,

/ que lêem verso de Horácio/ mas secretamente influem
/ na vida, no amor, na carne/ Estou só, não tenho amigo
/ E a essa hora tardia/ como procurar um amigo?”
(A bruxa - trecho)

Postado in MEMÓRIA VIVA


A obra de Freud em versões dos sonhos
Duas novas traduções feitas a partir do original alemão e a revisão de uma edição clássica oferecem ao leitor brasileiro algo de que ele estava privado:
o prazer de ler, em bom português, aquilo que o pai da psicanálise realmente escreveu
Renato Mezan





Divulgação
PENSAMENTO E ESTILO
Freud: ideias que mudaram o século XX por sua força e também pela propriedade com que ele as expressou
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Trecho: Obras completas
Se alguém nos pedir uma lista das pessoas que mais marcaram o século XX,
é certo que dela constará Sigmund Freud:
não apenas como inventor da psicoterapia,
mas como autor de descobertas que contribuíram com impacto inestimável
para moldar a imagem que o homem ocidental tem de si mesmo.
Como suas ideias alcançaram tamanha divulgação?
Além da originalidade e do poder libertador que encerram,
graças à maneira como foram expressas.
Freud era excelente escritor,
capaz de se servir de uma vasta gama de procedimentos literários.
Dedicou-se com afinco, também, ao "movimento psicanalítico",
ou seja, à formação de discípulos – em que o estudo de seus escritos é essencial,
já que constitui a base da prática clínica.
Nas primeiras décadas do século XX,
o fato de esses textos estarem em alemão não era obstáculo.
A maioria dos analistas vinha da Europa Central,
e o alemão era então uma das principais línguas científicas do mundo.
Naturalmente, o interesse crescente pela nova disciplina
suscitou traduções para o inglês, o francês e o espanhol.
Mas várias delas foram supervisionadas pelo próprio Freud,
que era fluente nessas línguas.
Apesar de algumas imprecisões conceituais e variações de terminologia,
essas versões atingiram seu objetivo:
oferecer uma visão geral da psicanálise e difundi-la na Europa e nas Américas.
Uma coisa, porém, é contornar um punhado de incorreções.
Outra, muito diferente, é ter de se ver com um texto eivado de equívocos
– como a primeira Edição Standard Brasileira da Imago,
durante muito tempo a única tradução disponível no país.
Voltar à fonte e oferecer um Freud o mais fiel possível ao original
é o que se propõem duas novas traduções,
cujos primeiros volumes chegam agora às livrarias
– pela Companhia das Letras, a cargo de Paulo César de Souza,
e pela L&PM, por Renato Zwick.
Somando-se o trabalho em progresso, já faz alguns anos,
de revisão da Standard, sob a direção de Luiz Alberto Hanns,
o leitor brasileiro passa assim a dispor de três versões respeitáveis da obra de Freud.
As dificuldades que vitimaram o texto de Freud no Brasil
tiveram origem no tumulto do século passado.
O nazismo obrigou muitos analistas judeus a deixar a Europa Central;
e o término da II Guerra, que coincidiu com a morte de Freud,
fez o centro de gravidade do mundo analítico
se deslocar para a Inglaterra e os Estados Unidos e,
em menor medida, para a França e a Argentina.
Tornou-se, então, urgente estabelecer uma versão dos escritos freudianos
que servisse de referência para a comunidade analítica internacional.
Essa foi a tarefa do inglês James Strachey,
e resultou nos 24 volumes da Standard Edition
of the Complete Psychological Works of Sigmund Freud,
um monumento científico e literário cujo papel na preservação
e difusão do pensamento do mestre dificilmente pode ser exagerado.
A partir dela, Freud foi traduzido para o português;
e, nas páginas da Edição Standard Brasileira, muitos brasileiros estudaram a psicanálise.
Ocorre que essa tradução foi realizada com critérios pouco científicos.
Há inúmeros erros no emprego do vocabulário técnico
e na própria compreensão do inglês.
Seus responsáveis tinham boa vontade, mas não talento literário.
Produziram um texto pesado e deselegante, antípoda ao estilo de Freud.
Na década de 80, esses problemas começaram a ser percebidos,
e a Editora Imago buscou remediá-los,
emendando as passagens mais problemáticas.
Logo, porém, tornou-se patente que o melhor
era substituir o texto por uma tradução correta a partir do original,
e o analista e professor de alemão Luiz Alberto Hanns
foi convidado para coordenar o empreendimento.
Desde 2006, sua equipe já publicou três volumes,
e no momento prepara um quarto.
Nos anos 90, o germanista Paulo César de Souza,
que, com a analista paulistana Marilene Carone,
fora dos primeiros a levantar objeções à Standard Brasileira,
traduziu alguns textos que circularam intramuros,
em publicações da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Isso porque só em 2009 a obra de Freud cairia em domínio público:
até então, os direitos autorais pertenciam à Imago.
Como esse obstáculo deixou de existir,
a Companhia das Letras e a L&PM podem, agora, lançar suas versões.
São projetos diferentes, que, no ver deste autor, se complementam.
A edição da L&PM, em formato de bolso,
visa a apresentar Freud a um público mais amplo.
É bem cuidada, trazendo prefácios específicos para cada volume
e um útil "ensaio bibliográfico" assinado pelos psicanalistas Paulo Endo e Edson Sousa.
Já a revisão da Standard e a edição da Companhia têm escopo diverso.
Seu alvo é primariamente a comunidade profissional,
e tanto Luiz Alberto Hanns quanto Paulo César de Souza
dedicaram muito tempo e reflexão à tarefa específica de traduzir Freud.
Há décadas, estudam-se em nosso país os textos freudianos.
Foi se decantando um vocabulário técnico,
que varia segundo as escolas psicanalíticas
e cujo emprego denota opções teóricas
e clínicas dentro da psicanálise contemporânea.
Ambos os tradutores têm consciência desses fatos,
e não pretendem substituir o recurso ao original,
indispensável a partir de certo patamar de estudo.
Suas escolhas são explicitadas em textos programáticos
– as de Hanns na Introdução ao Volume 1 da nova edição da Imago,
que cobre escritos dos anos 1911-1915,
e as de Souza na sua tese de doutorado, As Palavras de Freud,
que a Companhia das Letras publica simultaneamente aos três tomos
que abrem sua coleção (o 10, o 12 e o 14, contendo textos que vão de 1911 a 1920).
As decisões opostas quanto à melhor versão de alguns conceitos importantes,
como Trieb e Verdrängung – "pulsão" e "recalque" para Hanns,
"instinto" e "repressão" para Souza –, suscitarão discussões,
e não é difícil prever que virão a ter lugar de destaque
nos colóquios e publicações dos psicanalistas.
Mas os tradutores não pretendem impor suas opções:
o louvável é que ambos as justificam com razões de peso,
levando em conta os sentidos dos termos na língua alemã,
o uso que Freud faz deles (nem sempre uniforme, diga-se),
as diferenças semânticas entre os vocábulos germânicos e portugueses,
a fluência das frases em que comparecem
e outros aspectos necessários a uma tradução exata e elegante.
A principal diferença é que Souza trabalha sozinho,
tendo como foco "a fidelidade ao original, sem interpretações
ou interferências de comentaristas ou teóricos posteriores da psicanálise".
Já Hanns dá grande importância ao estudo passado e presente de Freud.
Isso o leva a ponderar as implicações de substituir termos de uso corrente
e insistir em mudança apenas quando as expressões consagradas
podem deturpar o pensamento de Freud
(por exemplo, traduz Versagung por "impedimento",
já que "frustração", para o falante do português, sugere decepção,
que tem pouca ou nenhuma relevância na concepção freudiana desse fato psíquico).
Outra decorrência dessas diferenças aparece nas notas explicativas:
as de Souza são pouco numerosas, até porque em sua tese
ele examina com vagar os problemas em pauta
(seu livro, aliás, se tornará indispensável para quem quiser estudar Freud a fundo).
Já a edição de Hanns traz um imponente aparelho crítico:
os comentários de Strachey, abundantes notas do editor e uma novidade excelente
– pequenos parágrafos de analistas brasileiros sobre alguns termos ou passagens, mostrando como eles foram compreendidos pelas diversas orientações pós-freudianas.
Fundamental, porém, é o que as três edições vertidas diretamente do alemão
têm em comum: o fato de oferecerem ao público brasileiro algo precioso,
e de que ele estava privado – o deleite de ler, em português,
o que Freud realmente escreveu.


Renato Mezan é psicanalista, professor titular da PUC-SP e autor de vários livros, entre os quais Freud, Pensador da Cultura (Companhia das Letras) e Escrever a Clínica (Casa do Psicólogo).

AMOR E AMIZADE

"Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal.
O amor mostra ao homem
como é que ele deveria ser sempre".
Anton Tchekhov



As nossas palavras "ditas" e "bemditas" sobre o amor.

AMOR

A PRESENÇA DO AMADO TRANSFORMA QUALQUER LUGAR NUM OÁSIS !
Muitas e muitas vezes li e reli Betty Milan dizer,
incansavelmente, que o amor,
"Faz a eternidade soar e assim suspende a morte.
Nada nos satisfaz mais".
Impossível pensar outra forma, quando o coração pulsa e anseia,
Quando a espera se faz presente
Hoje, amanhã e sempre.
Drumomd esceveu este poema,
apaixonado pela vida e pelo amor que o acompanhou até a morte.
Deixo o lindo poema,
profundo para quem mergulha,
e suave para quem anseia, o encontro.

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade

AMIGOS

Aos amigos, queridos amigos!!!!!


Recado aos Amigos Distantes

Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.
Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.
Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.
Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.
Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1951)'

quinta-feira, 1 de abril de 2010



Como diria Clarice Lispector,
“Eu sou mansa, mas minha função de viver é feroz”.
POR DO SOL, MILAGRE QUE SE REPETE,
TODOS OS DIAS.....

ATELIER, FIM DE TARDE,
POR DO SOL,
A NATUREZA FAZ MILAGRES,
INFINITAMENTE....

Quando tirei estas fotografias ontem,
O fiz pensando transformá-las em prendas,
e ofertar a algumas pessoas.
Pessoas que frequentemente me escrevem através do blog,
Algumas amigas,
Outras do espaço virtual,
Mas sempre presentes na minha história.


"Compreendí que a despeito de tudo,
A natureza não exita,
Mostra-se todos os dias.
Compreendí que maior que a dor,
É a esperança de outros momentos especiais.
Compreendí que "isso também vai passar" ......








SALVADOR - BAHIA - BRASIL





























































quarta-feira, 31 de março de 2010

Preparação para a morte

A vida é um milagre.
Cada flor, com sua forma, sua cor, seu aroma, cada flor é um milagre.
Cada pássaro, com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito, o espaço é um milagre.
O tempo, infinito, o tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
— Bendita a morte, que é o fim de todos os milagres

Manuel Bandeira


Celebrar a vida sempre,
celebrar o amor, mesmo se nos faz chorar,
celebrar a saudade,
vida vivida, passada, que não volta mais,
celebrar a amizade,
a do nosso lado e a longínqua,
esse amor que nunca morre, como diz o poeta,
celebrar sempre,
a vida!


terça-feira, 30 de março de 2010

"O REAL NÃO ESTÁ NA SAÍDA NEM NA CHEGADA:
ELE SE DISPÕE PRA GENTE É NO MEIO DA TRAVESSIA".
(Guimarães Rosa)